sábado, 17 de setembro de 2011

Aproveite ao máximo seu iPad na hora de ler

 

Sei que para algumas pessoas alguns procedimentos deste “guia” podem parecer meio óbvios. Mas escrevi com base nas dúvidas que eu observo por aí. Portanto, boa leitura!

iBooks. Seu grande aliado!

É certo que não existe apenas um aplicativo para exibir e catalogar e-livros na AppStore. Se fizermos uma busca, retornaremos inúmeros resultados.

Dentre eles: o kindle, leitor da Amazon, Google Books, da Google, e etc.

A razão pela qual eu escolhi o iBooks como meu leitor principal foi a conveniência, afinal de contas ele foi desenvolvido pela Apple, pensado e projetado para os iGadgets, é free, possui integração com a loja de livros da AppStore, é compatível com os formatos de livros digitais mais usados, tem dicionário embutido (apenas para língua inglesa), interface bonita e simples, sem muitas firulas, e usabilidade impecável.

As principais funcionalidades estão apenas a um toque.

Entendendo a interface principal

Como eu mencionei acima, a interface do iBooks é bastante usual, autoexplicativa. Vamos ao básico:

  1. Nome da Estante – Título da sua “estante de livros”;
  2. iBookStore – Loja de e-books oficial da AppStore. Nela você poderá comprar e baixar seus livros conforme desejar. O processo de compra é idêntico ao de aplicativos. Apenas com uma ressalva, é possível fazer o download de uma prévia do e-book antes de realizar a compra, um “sample”. Ideal para saber se realmente é aquilo que você procura;
  3. Coleções – Como o próprio nome sugere, aqui você pode conferir suas coleções, bem como adicionar novas. O iBooks é instalado com duas coleções padrões: Livros e PDFs. No decorrer do post entenderemos melhor está função;
  4. Modo de visualização “Estante de livros” – Ativa o modo de visualização “Estante de livros”, idêntico a imagem acima;
  5. Modo de visualização “Lista” – Ativa o modo de visualização em forma de lista. O diferencial deste modo visualização é que quando ativo, ele dá acesso a alguns filtros de listagens, muito importante para quem possuí muitos títulos armazenados. Os filtros são: Títulos, onde ele organiza por ordem alfabética com base nos nomes dos livros, autores, organiza com base nos autores, e categorias, onde ele cataloga com base no estilo do livro. Exemplo: aventura, ficção, manuais e etc.;
  6. Editar – Habilita as funções de mover, ordenar e apagar seus livros;
  7. Buscar – Um simples campo de busca onde você pode buscar pelo nome do autor, título, editora, categoria e etc;
  8. Estante – Local onde seus livros ficam dispostos.
Funcionalidades Básicas

Agora vamos conferir as principais funções do aplicativo e aprender como utilizá-las.

Dicionário
Com certeza um dos principais recursos desse maravilhoso aplicativo. Vale lembrar que por enquanto ele funciona apenas com a língua Inglesa. Quem sabe nas próximas versões a Apple inclua suporte ao Português…

Usar o dicionário do iBooks é muito simples. Basta tocar e manter o dedo no termo em que você deseja pesquisar por alguns segundos, no menu que aparecerá, basta selecionar a opção “dicionário”.

Veja o exemplo:

Como você pode ver, ao selecionar “dicionário”, abre-se uma janelinha suspensa com a definição da palavra em questão. Mão na roda, hein…

Destacar texto e adicionar notas

Quando estamos estudando, seja para exames, seminários ou coisa do tipo, ou simplesmente queremos destacar determinada parte do texto, é comum que façamos marcações para saber que aquele trecho é relevante para nós, bem como o hábito de escrever notas para especificar algo que você observou naquela passagem. E é essa a função desses recursos.
O primeiro, como o próprio nome sugere, destaca uma parte do texto selecionada por você, enquanto o segundo adiciona notas personalizadas que ficam armazenadas no canto direito da sua tela.

  • O procedimento para destacar o trecho de um texto é muito simples. Primeiramente toque e mantenha seu dedo por alguns segundos na palavra a qual você deseja começar a marcação. Note que nas extremidades da palavra que você escolheu, surgirão dois “selecionadores”, toque e arraste até o ponto de sua preferência. Por fim, no menu suspenso, selecione a opção destacar.

Confira logo abaixo:

Perceba que após destacado, basta que se dê dois toques em qualquer uma das partes destacadas para que se possa selecionar ou copiar aquele trecho. Para remover a marcação é necessário tocar uma única vez em qualquer parte marcada e selecionar a opção “Remover destaque”.

  • O processo de adicionar notas é quase idêntico ao de destacar o texto. Toque e aguarde até que os “selecionadores” apareçam. Especifique a área a qual você deseja associar uma nota, e por fim, no menu suspenso, selecione a opção “Nota”.

Exemplo:

Note que após a inserção de uma nota, a mesma ficará sendo exibida na margem direita do aplicativo, e o trecho que você selecionou também ficará destacado. Caso você deseje excluir a nota, basta selecioná-la e apagar todo o seu conteúdo.

Obs: Após a exclusão de uma nota, o trecho selecionado continuará destacado. Para remover, basta seguir os procedimentos do item anterior.

Sépia e marcadores

Por padrão, o iBooks vem configurado para exibir as páginas de seus livros com fundo branco e letras pretas. Mais uma vez, aqui vale o gosto do usuário.

Eu, particularmente, tenho uma melhor leitura com as páginas em tom de sépia. Além de achar mais divertido (rsrsrsr), minha visão não cansa tão rapidamente. Se você não sabe o que é sépia, entenda a diferença a seguir:

Para ativar esse modo de visualização, basta selecionar o ícone no canto superior direito da tela referente à fonte: “AA”, procurar a opção “sépia” e mover o botão para o modo ativado. Vale lembrar que esta função só será exibida quando algum livro estiver sendo lido.

OBS: Caso o arquivo em questão seja em formato PDF, esta opção não estará disponível.

O marcador do iBooks é mais um recurso indispensável em sua leitura. Pode até parecer brincadeira, mas muita gente não sabe qual a sua função. Ou melhor, muita gente não sabe se quer que ele exista!

Para os desavisados de plantão, segue a dica:
O marcador serve simplesmente para marcar o progresso da sua leitura. Outra função bem legal do marcador do iBooks, é que se você, além do iPad, lê seus livros em outros dispositivos como o iPod touch ou iPhone, ao sincroniza-los com o iTunes, o marcador também será atualizado. Assim você sempre irá continuar exatamente de onde parou independente do dispositivo usado para a leitura.

Marcar uma página é muito simples. Na página que deseja salvar seu progresso, toque no último botão do canto superior direito. Após tocá-lo repare que ele ficará vermelho, indicando que aquela página foi marcada.

Agora toda vez que você abrir aquele livro, ele automaticamente vai exibir a última página que você marcou. Simples, hein…

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Windows 8 Developer Preview – Primeiras Impressões.

 

Batizada de “Windows 8 Developer Preview” e anunciada durante a palestra de abertura da conferência Build 2011, esta versão do sistema é incompleta, mas serve para dar uma idéia dos rumos que a empresa pretende tomar com o produto. E mais importante: dá aos desenvolvedores ferramentas e um ambiente para que possam desenvolver e testar aplicativos otimizados para o Windows 8, para que eles já estejam prontos quando o sistema chegar às lojas e PCs do mundo todo em 2012.

Mas apesar do nome, o “Developer Preview” do Windows 8 pode ser baixado por qualquer um disposto a correr alguns riscos usando software inacabado e com paciência para esperar o download, que varia entre 2.83 e 4.8 GB. Basta acessar o site dev.windows.com e escolher a versão mais adequada para seu PC.

Foi o que fizemos: colocamos esta amostra do sistema em um de nossos PCs para mostrar o que o Windows 8 tem a oferecer. Vamos dar uma volta?

Atenção, atenção!

Caso você ainda não tenha entendido o recado: o Windows 8 Developer Preview é um sistemaincompleto, potencialmente instável e sem nenhum tipo de suporte técnico. Você é livre para experimentá-lo, mas em nenhuma hipótese deve fazer isso em seu PC “de trabalho”. Também não espere substituir o Windows 7 pelo Windows 8, já que este ainda não está pronto para o dia-a-dia. Neste momento o sistema serve mais como “curiosidade” e um “gostinho” do que está por vir. E não custa lembrar: no momento o sistema só está disponível em inglês.

Nosso hardware de teste

Instalamos o Windows 8 em uma “máquina virtual” bem modesta, equipada com um processador dual-core Intel Atom 330 rodando a 2.1 GHz, com 1 GB de RAM e um HD de 20 GB. Fizemos isto por um motivo simples: durante a apresentação do Windows 8 na conferência Build 2011 o presidente da divisão Windows da Microsoft, Steven Sinofsky, fez questão de frisar que o novo sistema rodará tão bem quanto, e em alguns casos até melhor, que o Windows 7 no mesmo hardware.

 

Instalação e configuração inicial

O Windows 8 tem instalação bem rápida, ainda mais do que a de seu antecessor. O procedimento é bem parecido, uma vez que as telas são praticamente as mesmas. Assim como no Windows 7, você pode escolher entre fazer um “upgrade” no sistema já presente no computador — o que mantém arquivos, programas e configurações — ou instalar o novo SO do zero — o que requer a formatação do disco.

O próximo passo é a configuração de idioma e layout do teclado. No entanto, o Developer Preview só está disponível em inglês.

A instalação do Windows 7 surpreendeu, e a do seu sucessor surpreende ainda mais. Mesmo em uma máquina “humilde”, o processo não demorou mais do que 20 minutos, incluindo a configuração da conta de usuário.Configurações das contas de usuário. (Fonte da imagem: Baixaki)

É possível criar um perfil a partir de uma Live ID. O Windows 8 obtém as suas informações, inclusive foto, e vincula com o usuário do sistema. Isso significa que os seus aplicativos vão acompanhar você mesmo em um computador diferente. É como se a sua conta fosse o seu computador sempre portátil.

É bastante simples adicionar e personalizar novos usuários, modificando nome, imagem de exibição e outros detalhes. A imagem de fundo da janela de desbloqueio também é facilmente configurada.

Tela "Start"

Imediatamente, o usuário se depara com a nova tela “Start”, com os mosaicos característicos. O novo ambiente substitui o Menu Iniciar e é claramente influenciado pelo Windows Phone 7, com atalhos dinâmicos (“Live Tiles”, em inglês).

Isso quer dizer que, além de possibilitar o acesso aos seus programas e arquivos, eles são atualizados em tempo real. Por exemplo, o aplicativo de tempo e temperatura, que mostra o clima de qualquer cidade.

Tela "Start" do Windows 8. (Fonte da imagem: Baixaki)

É só usar a barra de rolagem inferior ou o botão de rolagem do mouse para explorar verticalmente a tela. É possível reorganizar o mosaico como você preferir, bastando arrastar os quadrados para isso.

Ao instalar novos programas, os atalhos respectivos são adicionados ao lado direito da tela “Start”. Qualquer um deles pode ser facilmente removido também, clicando com o botão direito sobre ele e em "Unpin".

Um software é aberto com o simples clique sobre seu quadrado. E percebemos facilmente o conceito proposto pelo novo Windows em relação aos aplicativos. Eles serão executados, a princípio, em tela cheia, adaptando-se às mais variadas resoluções, desde telas de tablet até grandes monitores.

O clique com o botão direito do mouse disponibiliza botões e funções de interação. Ou seja, não há a presença constante da Barra de título ou dos menus. Quando for necessário interagir, o usuário “chama” os controles com o mouse.

O Internet Explorer 10 está muito diferente neste ambiente. A barra de endereço agora está localizada na parte de baixo e há poucos botões. A tela é preenchida totalmente com a página exibida. Nesse software, o botão direito do mouse serve para adicionar novas abas.

Um detalhe bastante agradável são as notificações, como quando um download é concluído. O padrão da Metro UI é mantido em um quadrado exibido no canto inferior direito da tela.

Internet Explorer 10. (Fonte da imagem: Microsoft)

Mais um exemplo da influência de sistemas para smartphones: multitarefas. Os programas não abrem ou fecham. Com a tecla “Windows”, o usuário volta à tela “Start”, e o aplicativo que estava aberto passa a hibernar, mas isso não quer dizer que ele pesará no processador.

 

O Windows 7 não foi esquecido

Apesar de todas as modificações da interface Metro, o Windows 8 vai manter a compatibilidade com seu antecessor. Na tela “Start”, há um atalho para o desktop clássico, que tem a mesma cara de sempre. Ao instalar um aplicativo não desenvolvido para o novo sistema, a boa e velha Área de trabalho também é utilizada.

O papel de parede é o mesmo, a Barra de tarefas segue o padrão e os ícones também são idênticos. A primeira mudança notável é o botão do Menu Iniciar. Deixando o cursor do mouse sobre ele, abre-se um relógio e um menu com atalhos para configurações, dispositivos, compartilhamento e busca.

Novo Menu Iniciar do desktop clássico. (Fonte da imagem: Baixaki)

A segunda modificação sensível é que, por padrão, todas as janelas do sistema seguem o padrão “Ribbon”, do Office. Há sempre ferramentas disponíveis, contextualizadas dependendo do arquivo ou pasta que o usuário seleciona. Essa barra é facilmente escondida por uma simples seta, assim, quem não gosta do recurso não precisa lidar com ele sempre.

Há também modificações sutis na Barra de títulos. Os ícones estão ainda mais caprichados, e agora o texto nela é centralizado.

Há muito capricho na janela do Gerenciador de tarefas. Ela utiliza cores para que as informações sejam compreendidas com mais facilidade pelo usuário. Quanto mais pesado um processo, mais forte é a sua respectiva cor, assim ele está sempre destacado. Há muitos gráficos que esclarecem o uso de processador, memória, disco e conexões de rede.

Novo Gerenciador de Tarefas.

Novo Gerenciador de tarefas. (Fonte da imagem: Microsoft)

Para quem usa mais que um monitor, é possível configurá-los para que exibam, ao mesmo tempo, a nova tela “Start” e o desktop clássico. O Windows 8, teoricamente, adapta-se facilmente a qualquer resolução de monitor, para aqueles usuários que usam uma tela mais antiga.

No entanto, tivemos problemas sérios de execução quando alteramos a resolução para 720p (o padrão para captura quando preparamos vídeoanálises). O Windows 8 ficou lento e muitos aplicativos simplesmente deixaram de funcionar. Uma falha que, apesar de grave, é esperada em um software ainda em desenvolvimento.

Aplicativos e integração

O Windows 8 Developer Preview vem com alguns softwares já instalados. Além do Internet Explorer 10, há vários jogos, clientes para Twitter e Facebook, leitor RSS, editor de imagens e softwares para reprodução de músicas. Isso sem mencionar os gadgets de tempo e temperatura e o acesso à Windows Store (a qual não está disponível por enquanto).

É interessante notar a integração nativa com aplicativos. O Twitter é um bom exemplo. Basta fazer o login da sua conta para enviar postagens e acompanhar quem você segue. As atualizações aparecem, em tempo real, no quadrado do Twitter na tela “Start”.

Integração com o Twitter. (Fonte da imagem: Baixaki)

Não falta integração também com programas Windows Live. É muito simples integrar a sua conta Live com o sistema operacional e compartilhar conteúdo. Tal processo está muito facilitado no novo sistema.

Os aplicativos são integrados entre si também. Por exemplo, se você quer enviar imagens por email, pode pegá-las do Facebook, do Flickr e do seu disco rígido a partir de uma única tela.

Manutenção

O Painel de Controle está totalmente reformulado. Tudo o que pode ser modificado está listado à esquerda, com detalhes à direita. Uma novidade curiosa em termos de manutenção são as diferentes possibilidades de restaurar o Windows 8 ao estado original.

O usuário pode executar um reset convencional, que é mais simples e mantém arquivos e documentos. Porém, há opções novas e mais avançadas, por exemplo, o reset completo, o qual restaura o computador ao estado original. É possível também criar um disco especial, ideal para os usuários que investiram muito tempo na personalização e configuração de sua máquina.

Dê um refresh na sua máquina. (Fonte da imagem: Baixaki)

 

Conclusões

Antes de mais nada, é necessário salientar que o Windows 8 Developer Preview não deve ser utilizado como seu sistema principal. Ele está bastante incompleto, e a própria Microsoft salienta que ele não é estável, podendo apresentar falhas. E, de fato, registramos problemas de execução em alguns momentos.

Salientamos também que, como testamos o sistema em um desktop, muitos recursos não puderam ser observados. Além disso, alguns aplicativos e ferramentas que foram mostrados durante a BUILD 2011 não estão presentes no Developer Preview.

Fizemos o teste em uma máquina um tanto limitada, e tudo correu razoavelmente bem. Apenas algumas animações visuais ficaram um pouco lentas e a resposta aos cliques ficou comprometida em alguns momentos.

É possível, sim, dizer que o Windows 8 não será tão exigente em termos de máquina, mas a interface Metro pode pesar em muitos momentos. O monitor é fator determinante: a máquina pode ser simples, mas a tela deve ter, no mínimo, resolução de 1024 x 768 pixels para rodar o novo ambiente Metro (o desktop clássico continua rodando em resoluções menores).

A nova tela “Start” é uma quebra muito grande de padrão. É fato que muitos usuários são resistentes a mudanças muito grandes em padrões visuais, por isso, poderão ter dificuldades para se adaptar à nova maneira de executar programas. Quem tem o mínimo conhecimento de ambientes de toque se adaptará com mais facilidade, mas quem não tem esse costume terá de adquiri-lo se quiser desfrutar do novo Windows ao máximo.

Sem dúvidas, liberar esta versão do Windows 8 foi inteligente por parte da Microsoft, especialmente para desenvolvedores. Todos ganham no contexto: os criadores terão mais espaço e os usuários terão mais opções de softwares. Mas usuários finais não podem se empolgar e considerar o sistema pronto para o dia a dia.